quarta-feira, 27 de maio de 2009

Trabalhadores precisam de aperfeiçoamento contínuo!

ÉPOCA - BRASIL 2020 - SÃO PAULO - 25/05/09 - Nº 575 - Pg. 100 e 101

Numa economia mais rápida e inovadora, os trabalhadores vão precisar de aperfeiçoamento contínuo. Os mais bem-sucedidos serão os que combinam várias especialidades.

Você já ouviu falar de um gerente de ecorrelações?
É o sujeito encarregado de desenvolver programas ambientais da empresa em parceria com ONGs, governos e comunidades locais. O cargo praticamente não existe hoje. Mas deverá ser comum em 2020, dada a preocupação com o meio ambiente, segundo um estudo do Programa Profuturo, da Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo. O estudo aponta várias profissões que mal existem agora e deverão estar em voga em 2020 (leia sobre dez delas no quadro abaixo). As previsões se baseiam em algumas mudanças na economia e na sociedade brasileiras: uma população mais velha (que demanda serviços específicos), a evolução da tecnologia e das comunicações, a necessidade do aperfeiçoamento contínuo de profissionais, o imperativo da inovação num mundo mais competitivo. Essas mesmas pressões vão afetar as carreiras tradicionais - talvez até o modo como encaramos a profissão. Eis as principais tendências.

Mais vida, mais trabalho

Com a queda nas taxas de natalidade, haverá menos jovens para ingressar no mercado de trabalho. Por isso, as empresas vão precisar das pessoas por mais tempo - pelo simples fato de que não terão como substituí-las. E as pessoas também vão precisar das empresas. Com o aumento da longevidade, a conta da aposentadoria fica mais complicada: teremos mais anos pela frente, e a maioria de nós terá de trabalhar até mais tarde, para poupar mais. Isso não quer dizer que os mais velhos ficarão em cargos de comando eternamente. Num mundo governado pelas inovações, a pressão pela mudança na chefia é muito forte. Pode se fortalecer a tendência de os profissionais desenvolverem, a partir da meia-idade, a segunda ou a terceira carreira.

O profissional transversal

Há muito tempo, um profissional estudava durante quatro ou cinco anos e aquele conhecimento lhe bastava pelos 35 anos seguintes. Esse tempo acabou, e a pressão pela atualização - ou revolução completa - dos conhecimentos só tende a aumentar. No futuro, as carreiras mais promissoras não serão formatadas apenas num curso superior específico. "Serão profissões transversais, que cruzam diversos campos do saber", diz James Wright, diretor do Profuturo. Elas vão exigir, além da formação acadêmica tradicional, um esforço extra para entender de outras áreas. "Só com educação continuada o profissional vai se manter no mercado", diz a pesquisadora Renata Spers, também do Profuturo. "Além de altamente especializados, os trabalhadores de 2020 terão de ser generalistas."

Horas extras, muitas horas extras...

A receita não é nova. Para subir na carreira, o profissional terá de trabalhar cada vez mais duro - incluindo horas extras e cursos noturnos. Numa economia que cresce mais que a força de trabalho, é necessário aumentar a eficiência. E aumentar a eficiência significa, em geral, trabalhar mais. O avanço tecnológico é uma faca de dois gumes: ele aumenta a produtividade, mas também aumenta a possibilidade de estar conectados com o trabalho o tempo todo.

...com qualidade de vida

Daqui a uma década, a geração nascida entre 1980 e 1990 chegará aos cargos de chefia. É uma geração que preza a qualidade de vida e o desenvolvimento pessoal. O que significará essa troca de bastão? É possível que as empresas se tornem menos hierarquizadas - bem de acordo com uma economia mais avançada, em que decisões precisam ser tomadas não apenas no centro do poder, mas em cada ponta - e que isso traga oportunidades de crescimento sem ascensão profissional. Em outras palavras, é provável que muita gente desista da carreira tradicional e opte por atividades menos exigentes, remuneradas mais modestamente. O trabalho remoto - facilitado pela tecnologia - pode evoluir, mas não muito. "O trabalho remoto serve para algumas profissões, mas a maioria das pessoas precisa da interação com os colegas para ter novas ideias e coordenar os esforços", diz Wright, do Profuturo.

Terceirizados, com projetos

A nova geração é mais propensa a trabalhar com projetos, pulando de uma empresa para outra com ainda mais versatilidade que a geração atual. Grandes empresas já sentem os efeitos dessa mudança de comportamento em seus estagiários e trainees. Elas desenvolvem programas atraentes com planejamento de vários anos de carreira, e vários deles dizem que não querem ficar muito tempo numa empresa só, pois aprenderiam menos. O que se configura para o futuro são empresas com executivos extremamente valorizados e equipes variáveis, muitas vezes terceirizadas. Essa mobilidade dribla uma dificuldade atroz no mercado brasileiro: a rigidez da legislação trabalhista. Ao abrir mão da carteira assinada - que traz altos custos para o empregador -, o profissional receberá mais dinheiro por seu trabalho. Esses prestadores de serviço devem seguir uma tendência percebida no setor agrícola: a formação de cooperativas. "Dessa forma, o terceirizado deixa de ser mão de obra e se torna empresário", diz Luiz Carlos Barboza, diretor técnico do Sebrae. O setor de serviços é um dos mais promissores para 2020. Outro aspecto apontado por Barboza é a implementação da Lei do Microeemprendedor Individual, que começará a vigorar em julho. Ela vai facilitar o crédito e simplificar os impostos. Segundo o Ministério do Trabalho, 10,3 milhões de pessoas sairão da informalidade, criarão negócios e gerarão empregos.

O avanço feminino

No Brasil, elas ingressaram em massa no mercado de trabalho na década de 1980. Mas até hoje não ascenderam em grande número aos postos mais graduados das empresas. Há vários motivos para essa disparidade, desde um suposto machismo no mundo do trabalho até as escolhas pessoais de um grande número de mulheres que prefere a vida doméstica ou um trabalho menos estressante. Certamente não é falta de competência, como mostra um estudo da consultoria americana Catalyst, especializada em pesquisa sobre mulheres no trabalho. A pesquisa constatou que as grandes empresas americanas com muitas mulheres em cargos de comando pagaram a seus acionistas dividendos maiores que as demais. Não será um bom motivo para contratar mais mulheres?

terça-feira, 26 de maio de 2009

Como lidar com funcionários problemáticos!

O fanático político, o preterido na promoção, o ex-empregado vingativo — como lidar com estes e outros tipos da fauna corporativa?!
Júlia Zillig

Os funcionários podem tanto trabalhar a favor do sucesso da empresa, como, ao contrário, ser capazes de minar o negócio. Nunca se deve ignorar uma situação problemática no ambiente de trabalho. Quando um ou mais funcionários se metem em encrenca, o empreendedor tem que encarar de frente a questão. Você verá a seguir como enfrentar dez situações delicadas que envolvem colaboradores.

OS APAIXONADOS
O que fazer quando eles namoram ou rompem a relaçãoOs relacionamentos no trabalho podem se transformar, literalmente, num caso sério. Pesquisa realizada em 2009 pelo site Vault, um dos mais respeitados na área de carreiras, revela que 58% das pessoas já tiveram um romance com alguém da mesma empresa - e 12% estão em vias de se envolver com colegas de firma. Proibir namoros no trabalho é ilegal, mas controlar os seus efeitos, não. O empreendedor deve cercar-se de cuidados para que o novo relacionamento não interfira na produtividade.
A companhia deve incentivar os seus funcionários a falar a verdade em uma situação dessas. 'Esta é a melhor saída para ambas as partes, pois a empresa conta assim com algum domínio sobre a situação e pode dar um feedback ao novo casal', afirma Fernando Feitoza, superintendente comercial da consultoria Across. 'Se aceitar ficar com eles, é importante deixar claro sobre a importância do bom senso dentro do ambiente de trabalho, para evitar futuros conflitos com os demais da equipe.' Ou seja, nada de privilégios profissionais nem amassos em público. Os parceiros devem formalizar que optaram consensualmente pelo relacionamento - o que evita futuros processos por abuso sexual.
A questão se torna mais complexa quando envolve chefe e subordinado ou casos extraconjugais. 'Mesmo com uma equipe pequena, em casos como esse, um dos dois acaba deixando a empresa. O chefe deve administrar esse problema e aconselhar, num primeiro momento, essa mudança. Caso isso não aconteça, pode-se optar por ficar ou não com o casal', diz Feitoza.

O TRAIDOR
Funcionários começam a divulgar informações confidenciais da empresaCom as tecnologias de comunicação em rede, vem crescendo o medo do vazamento de informações, de acordo com Ralph Chelotti, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH). Segundo um estudo do Centro de Estudos das Tecnologias de Informação e Comunicação (Cetic), mais de 70% das empresas bloqueiam o uso de e-mails pessoais e MSN e monitoram o conteúdo recebido e enviado pelo e-mail corporativo, com o intuito de cessar esse 'vai-e-vem'.
Ana Maria Cadavez, sócia-diretora da Vitae Consulting, afirma que as informações trocadas pelos funcionários, em grande parte, não envolvem assuntos estratégicos, mas sim insatisfações e inseguranças pessoais a respeito da companhia. 'A maioria dos funcionários de uma empresa não tem a mínima ideia dos rumos que ela está tomando em relação a serviços, produtos, mercado, concorrência. Eles usam o canal para colocar seus dilemas pessoais.'
Para reduzir o burburinho, o empreendedor deve adotar uma política de gestão das informações que restrinja a circulação de comunicações confidenciais e ao mesmo tempo satisfaça os desejos de todos os funcionários. 'As empresas devem ter em mente o que pode ou não ser falado, que pessoas terão acesso às informações e quais serão as consequências em caso de vazamento de dados. Uma informação mal divulgada pode render efeitos catastróficos para os negócios', afirma o consultor Fernando Feitoza. Caso a política não surta efeito, aconselha Ana Maria, a saída é chamar o funcionário para uma conversa franca, tentar identificar suas insatisfações e decidir então se ele fica ou não na equipe.

O VINGATIVO
O ex-colaborador vai à forraA demissão de um funcionário problemático pode trazer vários problemas. Ele tenta cooptar a equipe toda a agir contra a empresa. Usa tudo o que sabe sobre a companhia para minar os negócios. E pode até partir para as vias de fato - e depredar o patrimônio. 'O empregado desligado costuma sentir-se um verdadeiro incompetente e tem sua autoestima reduzida', diz a consultora Ana Maria Cadavez.
Uma forma de prevenção contra agressões é continuamente dar feedback a todos os colaboradores e prepará-los para o desligamento. 'Muitas empresas deixam aquele funcionário que achava que estava fazendo tudo certo sem a menor ideia do que causou o desligamento', afirma Ana Maria. 'Quando o processo é feito de maneira injusta, a voz do funcionário desligado encontrará eco entre os demais', afirma Fernando Feitoza, da Across. Agora, se mesmo assim o profissional continuar procurando encrenca, a saída é buscar uma empresa especializada em segurança e, em alguns casos, a polícia.

O INJUSTIÇADO
Empregados sentem-se injustiçados com a promoção do colegaMesmo quando a equipe é pequena, empresários passam por apuros não só quando precisam demitir, mas também quando a notícia é boa: a promoção de um profissional. Esse tipo de decisão costuma vir acompanhado de uma montanha de lamentações por parte dos que não foram contemplados.
'As empresas devem explicitar o que elas esperam de um funcionário para oferecer a promoção', afirma o consultor Fernando Feitoza, que atribui à própria companhia a raiz deste tipo de problema. 'Quando há regras claras nos processos de promoção, há pouca discordância', reforça Ralph Chelotti, da ABRH.
Quando o promovido passa a ser o gestor direto daquele que se sente injustiçado, a questão fica ainda mais delicada. 'É necessário haver uma conversa aberta, porém cuidadosa, entre as duas partes, para que ambos possam tentar um entendimento', diz Feitoza. A empresa deve explicar as razões da promoção e oferecer aos que se sentem preteridos um plano para o desenvolvimento de suas habilidades.

OS CARREGADORES DE PIANO
Funcionários com filhos versus funcionários sem filhosSurge alguma demanda extra de trabalho. Quem será responsável? Os funcionários com e sem filhos reagem de forma distinta e isso gera conflitos na equipe. 'O que as companhias não devem fazer é 'aliviar' os funcionários com filhos. Este tipo de coisa coloca os colaboradores uns contra os outros, já que os sem filhos também têm suas necessidades e interesses', afirma a consultora Ana Maria Cadavez. É guerra na certa.
Todos os profissionais hoje querem qualidade de vida. Desejam conciliar a família, a academia, os estudos, os momentos de lazer com suas obrigações de trabalho. 'Se há necessidade de tantas horas extras, é sinal de que está faltando contratar gente. Um planejamento adequado, uma revisão nos processos de trabalho e até mesmo um rodízio entre os empregados são ações que ajudam a reduzir esse tipo de conflito', afirma Ana Maria.

O MALANDRO I
Um funcionário está tirando proveito pessoal do dinheiro ou da infraestrutura da empresaFraudes são uma dor de cabeça enorme para as empresas. Para evitá-las, cabe, em primeiro lugar, adotar uma política por escrito, dizendo o que é inaceitável. A avaliação depende do modelo de gestão de cada empresa, diz o consultor Fernando Feitoza. Existe uma linha tênue que separa o comportamento ético do duvidoso. Por exemplo: um funcionário aproveita o expediente para fazer trabalhos não ligados à empresa. Utiliza o computador, o telefone, a impressora e até mesmo o seu tempo para ganhar mais dinheiro. Ele poderia fazer isso tudo utilizando sua infraestrutura pessoal. 'A empresa acaba tendo gastos desnecessários', afirma Feitoza.
Se o deslize for leve, a empresa pode dar uma advertência ao funcionário. Agora, se a profundidade da ocorrência for maior, é importante que o empresário busque aconselhamento, seja com seus sócios ou até mesmo chamando um consultor ou investigador externo.

O MALANDRO II
Um empregado dirige indevidamente o carro da empresa sem licença ou fora do expedienteLonge dos olhos dos empresários, alguns funcionários utilizam os carros da frota, fora do expediente, até mesmo para passeios durante os fins de semana, com combustível 'grátis'. E quando o condutor está com sua carteira de habilitação vencida ou cassada? 'A empresa pode ser responsabilizada por permitir que esse funcionário dirija o carro', diz Ralph Chelotti, da ABRH. É fundamental manter regras claras a respeito da utilização do veículo (como período para utilização, quilometragem) e fazer a checagem adequada dos documentos que habilitem o funcionário a dirigi-lo.

O DEPENDENTE QUÍMICO
Funcionários que consomem álcool ou drogasA presença de funcionários que apresentam problemas com abuso de álcool e drogas tem despertado a atenção das empresas. Como lidar com questão tão delicada? Uma das saídas é buscar ajuda em entidades que fazem ações de prevenção e tratamento de dependentes químicos.
É importante conversar com o empregado e a família, além de mantê-lo afastado no período de recuperação, caso seja necessário, segundo Ralph Chelotti. 'A empresa deve cogitar a possibilidade de pagar o tratamento.' Para Ana Maria, se a terapia não tiver sucesso, o funcionário pode ser demitido. 'Os dependentes que não se reabilitam faltam sempre, não cumprem tarefas, etc.

O FANÁTICO
Funcionários que pregam suas posturas políticas e religiosas no ambiente de trabalhoDiversidade é bem-vinda. Mas manter a unidade numa equipe formada por colaboradores que parecem vir de mundos diferentes é uma prova de fogo. Muitas vezes, as empresas fazem vista grossa para atitudes como a tentativa de conversão religiosa em pleno ambiente corporativo. 'A empresa é um lugar para trabalhar, produzir e obter resultados. Não dá para misturar com crenças pessoais', diz a consultora Ana Maria Cadavez.
Quando os exageros começam a afetar o ambiente de trabalho, é hora de a empresa ligar o sinal amarelo. 'As pessoas assediadas têm todo o direito de protestar', diz Ralph Chelotti, presidente da ABRH. 'A empresa tem que conversar com os funcionários para que separem suas convicções pessoais das questões de trabalho.' Uma solução interessante é quando a empresa encabeça as discussões sobre política, raça, credo, etc. 'Há companhias que promovem cultos ecumênicos, atividades multiculturais, debates, o que inibe qualquer movimento voltado para o sectarismo', diz Chelotti.

O DESLUMBRADO
Empregados planejam eventos pessoais que atrapalham a rotina dos demais colegasO noivado, o casamento, a festinha dos filhos. São tantas emoções... que devem permanecer fora do expediente. A atenção exagerada às celebrações (ou qualquer assunto pessoal) pode minar a produtividade. 'É comum notarmos em pessoas que dão uma importância além da conta às festas, o uso indevido das horas de trabalho para cuidar dos preparativos', diz Fernando Feitoza. Cabe à empresa mostrar ao funcionário que seu comportamento está sendo inadequado. 'É importante ter em mente quanto a pessoa está envolvida e tratar do assunto com sensibilidade', aconselha o consultor.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Os Três Porquinhos

Durante o século XVIII surgiram vários contos de fadas envolvendo animais. Entre centenas de histórias, criou-se um conto representado por três porquinhos. Em 1933 a Disney reformulou o conto e tornou-o famoso em todo mundo, batizando cada um dos porquinhos com um nome: Prático, Heitor e Cícero.

Conforme relata o conto, um belo dia os três porquinhos resolveram sair de onde moravam e cada um combinou construir sua casa. Cícero era o porquinho menos esforçado e relaxado, então construiu uma casinha de palha. Heitor queria um pouco mais de conforto e aconchego e construiu uma casa de madeira. Já o Prático, queria uma casa confortável, segura, resistente, durável e que refletisse sua personalidade. O resto da história você já sabe. Vem o lobo mau, assopra a casinha de palha e a derruba; o porquinho Cícero corre para a casa de madeira de seu irmão Heitor, o lobo vai atrás, assopra-a e a destrói e os porquinhos fogem para a casa de pedra do Prático. O lobo assopra, assopra, assopra e não derruba a casa. Tenta entrar pela lareira e cai em um caldeirão de água quente, fugindo assustado enquanto os porquinhos comemoram a vitória.

Em todas corporações podemos encontrar colaboradores que assumem papéis de personagens semelhantes aos vividos pelos três porquinhos. Há aquele com o perfil do porquinho Cícero, que ao resolver iniciar suas atividades não as realiza com paixão e determinação, e muito menos as finaliza. Seu maior interesse é em cumprir a carga horária, e não apresentar resultados ou contribuir com estratégias criativas para a empresa. Encontra-se constantemente tomando cafezinhos, batendo papo, fumando, navegando na Internet com interesses particulares e quando questionado, apresenta seus relatórios incompatíveis com a expectativa para sua função.Quando percebe que sua segurança profissional torna-se abalada, corre em direção de alguém que possa auxiliar para que complete sua atividade. Não em direção de quem necessariamente o oriente, mas de quem literalmente faça o que ele deveria ter feito. Vai atrás de alguém com o perfil do porquinho Heitor, colaborador que realmente se dedica ao realizar suas atividades e cumpre exatamente aquilo que foi orientado a fazer. Como um bom executor, é receptivo e prestativo, ajudando muitas vezes os colaboradores com perfil do porquinho Cícero, buscando inclusive encobrir a falha ou má vontade dele em razão da amizade existente.

Para a sorte das corporações existem os colaboradores que vão além do mínimo ou necessário. São aqueles que desenvolvem projetos, apresentam estratégias, buscam melhorias constantes que possam contribuir para o resultado da empresa e também de todos que atuam conjuntamente, muito além de apenas desempenharem atividades para as quais foram contratados. Estes colaboradores são aqueles que possuem o perfil do porquinho Prático. Não querem apenas construir um abrigo ou simples casa. Não querem fazer igual ou o necessário, querem apresentar mais trabalho e melhor, em menos tempo, com maior duração, com resultados expressivos e em benefício de todos.

E porque os profissionais com as características dos porquinhos Cícero e Heitor iriam solicitar auxílio ao profissional com o perfil do porquinho Prático? Pelo mesmo motivo da história. Por causa do lobo mau! O lobo mau da concorrência, da necessidade de redução de custos e de tempo, da exigência de inovação, do desenvolvimento de novos produtos, novas campanhas e da melhoria da competitividade.

Este lobo mau mercadológico vive faminto e não perdoa. Porquinho que não inova vira lombo defumado no café da manhã. Porquinho que não reduz seus custos fica com sua estrutura pesada, não consegue fugir e vira porquinho assado no almoço. Porquinho que não melhora sua competitividade, não desenvolve campanhas e não se demonstra preparado fica sem conseguir se diferenciar de outro e vira ensopado no jantar.

Dificuldades à parte, somente com muito esforço, determinação e paixão pelo que se faz, juntamente com muito profissionalismo é que se consegue conquistar mais espaço e ampliar os horizontes. Aquele hábito de ficar enrolando ou simplesmente executando o que ordenaram para se fazer, tornando-se um “pau mandado”, não é o melhor caminho e cedo ou tarde, como na história, a casa cai. Perdoe-me o trocadilho, mas que tal então, ter um perfil mais “prático”?

Autor: Wagner Campos

domingo, 24 de maio de 2009

Educar filhos nos dias de hoje!

Sonia das Graças Oliveira Silva

A quem diga que educar um filho nos dias de hoje é uma tarefa de Hércules. São muitas as alegrias, mas são tantos os conflitos e aflições ao assumir os papéis de pai e mãe que o casal, muitas vezes, entra em pânico. Muitas perguntas passam pelas cabeças dos pais, sentem-se inseguros, desorientados e não têm ainda definidos os seus papéis de educadores.A própria estrutura da família tem passado por alterações radicais, principalmente, no que se refere à distribuição de tarefas para o homem, para a mulher e para os filhos. Um dos grandes problemas, bem visível na criação e educação dos filhos é a imposição de limites. Impor limites. Ter autoridade, sem ser autoritário. A autoridade torna-se uma manifestação de amor e afeto quando exercida com equilíbrio. Ela transmite segurança. A criança não amará mais os seus pais porque eles lhe dão total liberdade, porque pode fazer o que bem entender. Ela perceberá a falta de estrutura e de segurança, sentindo-se menos protegida para a vida. É importante os pais perceberem que a criança precisa de liberdade, mas que por si só não tem condições de avaliar o que é melhor ou pior para ela mesma. Educar é tarefa complexa. A cada nova etapa do desenvolvimento dos filhos há um novo desafio à criatividade e à flexibilidade dos pais, visto que deles é exigido mudanças de padrões de conduta e novos modos de atender os filhos em suas novas necessidades. É de vital importância os pais darem aos filhos a segurança do seu amor. É mais importante a qualidade do afeto que a quantidade de tempo disponível aos filhos. A vida profissional dos pais nos dias atuais, apesar de suas elevadas exigências, pode ser ajustada a uma vida particular equilibrada. É necessário conceder tempo às crianças, para que sejam crianças. Muitos adultos sobrecarregam a agenda dos filhos como se fossem pequenos executivos. Horário para tudo: escola, balé, futebol, língua estrangeira, música, excesso de lições, outras atividades sociais, etc. E se esquecem que são, ainda, apenas crianças. Precisam brincar, partilhar, ter amigos, e, desse modo desenvolver a socialização, a convivência.Os pais precisam transmitir valores aos filhos. Valores como respeito ao próximo, ética, cidadania, solidariedade, respeito ao meio ambiente, auto-estima, que levarão as crianças a serem adultos tranqüilos, carinhosos, flexíveis; adultos que sabem resolver problemas e são abertos ao diálogo e às mudanças do mundo. Os caminhos de nossa evolução pessoal são difíceis e tortuosos, deparamo-nos com muitas frustrações, adversidades e desilusões, mas, quando superamos as dificuldades surgem as alegrias e desenvolvemos a nossa auto confiança. Não existem pais perfeitos, nem filhos perfeitos. Educando, convive-se com muitos erros e muitos acertos. O importante é dar exemplos certos, coisa que só se consegue educando com o coração.

sábado, 23 de maio de 2009

Entrevista de emprego

As 12 perguntas mais frequentes numa entrevista de emprego:

Tem uma entrevista de emprego e não sabe o que vão perguntar?
Leia com atenção, treine e boa sorte!

1. Fale sobre si.
Esta pergunta é quase obrigatória em uma entrevista de emprego e deverá ser muito bem praticada para uma resposta sucinta, direta e, acima de tudo, que valorize o seu perfil profissional.

2. Quais são seus objetivos a curto prazo? E a longo prazo?
Seja específico e tente aproximar, de alguma forma, os seus objetivos aos da própria empresa. Respostas como "ganhar bem" ou "aposentar-se" são totalmente proibidas.

3. O que o levou a enviar o seu curriculum a esta empresa?
Aproveite esta deixa para demonstrar que fez o seu "trabalho de casa" e fale sobre a atividade da empresa e a forma como o posicionamento desta a torna uma empresa de elevado interesse para qualquer profissional. Naturalmente, para responder a esta pergunta, é preciso fazer previamente uma pesquisa sobre a empresa. Vá ao site institucional, faça pesquisas usando mecanismos de busca, leia revistas da especialidade e converse com pessoas que trabalham ou já trabalharam lá.

4. Qual foi a decisão mais difícil que tomou até hoje?
O que é pretendido com esta questão, é que os candidatos sejam capazes de identificar uma situação em que tenham sido confrontados com um problema ou dúvida, e que tenham sido capazes de analisar alternativas e consequências e decidir da melhor forma.

5. O que procura num emprego? As hipóteses de resposta são várias: desenvolvimento profissional e pessoal, desafios, envolvimento, participação num projeto ou organização de sucesso, contribuição para o sucesso da sua empresa, etc.

6. Você é capaz de trabalhar sob pressão e com prazos definidos?
Um "não" a esta pergunta pode destruir por completo as suas hipóteses de ser o candidato escolhido, demonstre-se capaz de trabalhar por prazos e dê exemplos de situações vividas em trabalhos anteriores.

7. Dê-nos um motivo para o escolhermos em vez dos outros candidatos.
Esta é sempre das perguntas mais complicadas mas o que se espera é que o candidato saiba "vender" o seu produto. Isto é, deverá focar-se nas suas capacidades e valorizar o seu perfil como o mais adequado para aquela função e a forma como poderá trazer benefícios e lucros para a empresa.

8. O que você faz no seu tempo livre?
Seja sincero, mas sobretudo lembre-se que os seus hobbies e ocupações demonstram não só a capacidade de gerir o seu tempo, preocupações com o seu desenvolvimento pessoal e facilidade no relacionamento interpessoal.

9. Quais são as suas maiores qualidades?
Aponte aquelas características universalmente relacionadas com um bom profissional: proatividade, empenho, responsabilidade, entusiasmo, criatividade, persistência, dedicação, iniciativa, e competência.

10. E pontos negativos/defeitos?
Naturalmente que a resposta não poderá ser muito negativa, pois serão poucas as hipóteses para um profissional que diga ser desorganizado, desmotivado ou pouco cumpridor dos seus horários. Assim, o truque é responder partindo daquilo que normalmente é considerado uma qualidade mas agravando-o de forma a parecer um "defeito". Ou seja, exigente demais, perfeccionista, muito auto-crítico, persistente demais, etc.

11. Que avaliação faz da sua última (ou atual) experiência profissional?
Não se queixe e, em caso algum, critique a empresa e respectivos colaboradores. Diga sempre alguma coisa positiva, ou o ambiente de trabalho ou o produto/serviço da empresa. Se começar a apontar defeitos ao seu emprego anterior correrá o risco de o entrevistador achar que o mesmo pode acontecer no futuro relativamente aquela empresa.

12. Até hoje, quais foram as experiências profissionais que lhe deram maior satisfação? Seja qual for a sua escolha, justifique bem os motivos. Tente mencionar as mais recentes e que sejam mais adequadas aos seus objetivos profissionais.

Que Deus te abençoe!
DEMÊNCIA COLETIVA- SAIA DESSA!
A demência coletiva se propaga a uma velocidade alarmante. Afeta jovens profissionais e recém formados, além de estudantes, estagiários e pessoas em início de carreira. Seus sintomas : Má vontade em realizar tarefas, falta de pontualidade para chegar no trabalho, incontinência em ligações telefônicas particulares no horário de trabalho, incapacidade de cumprir prazos de entrega de tarefas, sentimento de revolta contra a organização que trabalha. Existem muitos outros sintomas mas todos invariavelmente levam à incompetência crônica e por fim à morte profissional. Tudo isso pode ser evitado mas é um tratamento complicado, mais ou menos como em casos de depressão em que o paciente precisa ter consciência de seu problema e querer curar-se. O problema é que pessoas com demência coletiva, apóiam-se em outros colegas com o mesmo problema e não escutam pessoas mais experientes que podem ajudar. Tenho visto muitos jovens nessas condições. A culpa nem é deles pois isso se adquire nas faculdades e subempregos que existem e que promovem os vícios de comportamento e agravam os sintomas. Para mudar esta epidemia vamos valorizar a educação, a disciplina, a persistência, o respeito à regras e a busca da melhoria contínua em tudo o que fazemos. O que tem faltado nos profissionais de hoje são justamente estas características que acabei de citar e que nunca deixarão de ser o básico para quem quer triunfar mas que atualmente tem caído em desuso, em gozação no meio acadêmico e tem produzido profissionais desprovidos do mínimo necessário para serem inseridos no mercado de trabalho. Estamos rebaixando nosso patamar de aceitação do que é ser um bom profissional, baseados no que tem saído das faculdades, mas estamos cometendo um erro seriíssimo, aceitando padrões que nos envergonham quando comparados a outros países. Não podemos aceitar formandos que mal sabem interpretar um texto, que mal sabem escrever uma carta com coerência, que mal sabem se expressar corretamente e se fazer entender diante de um cliente, de um paciente ou de um outro profissional. Temos que cobrar mais educação, mais informação, mais conteúdo dos responsáveis pela formação de nossos jovens profissionais. As empresas estão sofrendo por terem que aceitar esse padrão e isso se reflete em menor produtividade, mais retrabalho em todos os setores, maior índice de turn-over ( demissões) e assim por diante. Por outro lado, para aqueles que se derem conta desta situação e conseguirem sair fora da demência coletiva, abre-se um caminho mais fácil rumo ao sucesso pois ainda são poucos os que conseguem se superar. Assim foi, é e sempre será , em todas as ocasiões os obstáculos surgiram e foram ultrapassados, o de hoje infelizmente é coletivo e está se tornando crônico e cada vez mais forte, porém repito, quem achar o caminho terá bastante êxito ao perceber o que tem que ser mudado e agir.

Simone Castillo

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A cada manhã...

Sorrir não é uma tarefa tão fácil...a dor e o cansaço me faz pensar duas vezes antes de sorrir...se estou forte, então sorrio!

Alguém escreveu:
"Um sorriso pode dissipar uma angústia, se for simpático, ou aumentá-la se for sarcástico; pode estimular um trabalho, se for de aprovação, ou desanimar quem trabalha se for cínico; pode criar uma amizade, se for sincero e transparente, ou um afastamento se for hipócrita; pode humilhar de modo irreversível se não for autêntico e espontâneo."

Meu consolo é que o Senhor Jesus renova nossas forças a cada dia...como a força das águias para voar mais alto!!!

Sorria mais!

"Se alguém está tão cansado que não possa te dar um sorriso, deixa-lhe o teu."
(Provérbio chinês)

terça-feira, 19 de maio de 2009

RESPONSABILIDADE E BOM HUMOR PODEM ANDAR JUNTOS NO AMBIENTE DE TRABALHO


Competências essenciais, realmente, já não bastam para um mercado de trabalho que se mostra cada vez mais competitivo. Entram em questão agora habilidades de relacionamento e convivência para, além de produtivo, o profissional ser capaz de construir um ambiente agradável. Transformar o local de trabalho num espaço prazeroso pode ser um dos segredos da realização na carreira, afinal, quem gosta de ficar de 8 a doze horas por dia num ambiente carregado e sério? Para tudo há limites.
Bom humor não faz mal para ninguém, pelo contrário, sorrir, ser gentil e ter boas relações com os colegas de trabalho só contribuem para um clima amistoso, que parece transformar a responsabilidade que o ambiente corporativo exige em algo mais leve. "O bem humorado costuma ter um olhar positivo, otimista, o que quebra o estresse intenso do dia a dia, e esse otimismo reflete nas pessoas", afirma a consultora da Career Center, Marisa da Silva.
Diferente daquela imagem estereotipada do engraçado incontrolável, o profissional bem humorado não é e nem pode ser o contador de piadas, afinal o ambiente de trabalho não é lugar para isso. O bom humor, aqui, é colocado como a forma menos pesada de encarar o trabalho e os problemas. "Ele consegue passar as coisas de uma maneira agradável, sorri, ouve as pessoas de forma aberta. Não é porque a discussão é sobre um problema que o grupo vai entrar num combate. Ter equilíbrio nesses momentos é muito importante", garante a consultora da Luandre, Francine Silva.Essa receptividade e o equilíbrio, até mesmo diante de problemas, pode ser um diferencial competitivo para o profissional. "Algumas empresas durante o recrutamento colocam essa habilidade como necessária para a vaga, sem dúvidas, ela já se tornou importante para o mercado de trabalho", completa Marisa. Responsável e bem humorado
As consultoras afirmam que ainda hoje há quem confunda responsabilidade com mal humor. Para mostrarem-se sérios e produtivos, alguns apostam em posturas fechadas e "de poucos amigos", mas, segundo elas, isso não prova competência. "É possível e existem muitos profissionais sérios, responsáveis que levam a vida e o trabalho com bom humor, com mais leveza", afirma Francine.
Segundo ela, esse equívoco não acontece apenas com profissionais, muitas empresas ainda têm um olhar distorcido. "Um ambiente para passar seriedade não precisa ser mal humorado, sem alegria. Algumas empresas ainda confundem essas duas coisas e perdem muito com isso", completa.
Marisa conta que esse clima tenso é, em muitos casos, criado pelo próprio dono, que constrói um ambiente desconfortável na organização. "Muitas vezes, ele é o primeiro a tratar as pessoas mal, ser pouco gentil. Então, infelizmente, essa relação acaba sendo estendida entre os funcionários. E até nisso o bem humorado ganha, porque ele consegue, na medida do possível, não encarar essa postura como pessoal", afirma.Sorria mais
Para alguns, ter uma postura carismática não é uma tarefa fácil, mas nada que não possa ser melhorado com o tempo. Então, a dica é começar com um entusiasmado "bom dia" ao chegar e o simples e fácil ato de sorrir mais. "Sabendo respeitar os limites do ambiente de trabalho, o profissional só tem a ganhar com uma postura bem humorada", finaliza Marisa.
Extraído do site:
http://empregocerto.uol.com.br/info/dicas/2009/05/08/ult7031u125.html